vox populi

quarta-feira, 31 de outubro de 2007



"Quando for consumido o fruto da última árvore e envenenado o último rio, o homem descobrirá que não se come dinheiro"
Carlos Drummond de Andrade


Quanta verdade, em apenas uma frase! Há muitas pessoas que estão otimistas quanto ao futuro, quanto ao que vai acontecer, dos avanços e dos inventos. Outras, não, pelo contrário; se preocupam com a água que acabará em menos de 20 anos, do efeito-estufa, da poluição, das plantas, da vida.
Nós estamos vivendo muito bem, com altos e baixos, mas bem. Temos uma medicina avançada com cura para muitas doenças, temos conforto, notícias que se espalham mais rápido que fofoca em cidade pequena; enfim, temos tudo.
Como se não bastasse, não aproveitamos. Não como deveríamos. Ocorrem grandes queimadas, poluição dos rios, das praias, do ar. Temos que nos preocupar com a extinção, com a nossa comida.
Em muitos filmes, como "Um dia depois de amanhã", "Guerra dos mundos", entre outros do gênero, vemos o que está "previsto para nosso futuro"; e, olha que legal: não ligamos. "Poxa, que filme legal! Que bem feito! Gostei!"
Talvez, e provavelmente, não estaremos para ver o comércio de água, de ar, de vidas que haverá daqui algum tempo, se continuarem as coisas como estão. Mas, nossos filhos, netos, pessoas que não conhecemos e nem vamos conhecer, participarão disso. E, bom, elas não poderão fazer nada. E a culpa não vai ser delas. Será nossa.




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Kah - 19:43 |

segunda-feira, 29 de outubro de 2007




Seguindo o coelho branco

NOTA. Este é o maior post que já fiz para o Vox Populi, e talvez seja o único deste tamanho. Tentei organizar as infomações do modo mais dinâmico possível, para que a leitura não se tornasse cansativa. Há muitas idéias contidadas nesse post, todas elas devidamente explicadas e organizadas segundo o assunto do qual tratam. Caso haja alguma dúvida acerca dessa teoria sobre a sociedade e o mercado, os comentários estão aí. Boa leitura!

"A Matrix pegou você". Isso quer dizer, em plavras enigmáticas, que há uma ligação real entre o seu ser e uma super-estrutura que coordena aquilo que você é (ou aparenta). Em nosso Universo, ao que tudo indica, não existe uma Matrix que possa ser compreendida como a do filme de mesmo nome. Aparentemente.

Mercado¹ é uma das palavras de que menos gosto. Sozinha, não tem significado algum para mim, nem transmite a complexidade e o alcance daquilo que significa. Sou a favor de, em português, o mercado passar a se chamar "matriz". Tenho algumas justificativas para apresentar aos gramáticos e puristas da linguagem, caso algum deles crie caso:
ARGUMENTO 1. Seria muito mais interessante ver, ouvir e ler notícias como "A matriz está em recessão" ou "A matriz reagiu ao recente aumento do preço dos barris de petróleo".

ARGUMENTO 2. O mercado, como a Matrix cinematográfica, "está em toda parte". Na verdade, ele é a nossa Matrix (então, sim, ela existe neste Universo). Tenho mais justificativas a favor do Argumento 2. Vejamo-nas:

A) O mercado faz parte d'O Sistema², é um dos mecanismos utilizados nele para
"facilitar" nossas vidas. Teoricamente o Sistema rege nossa Matrix, mas quem é
realmente responsável por ela, por sua existência e manutenção, é a sociedade. Se a sociedade faz o mercado, onde ela está presente, ele também pode ir.

B) Toda a PES (política, economia e sociedade) depende do mercado, atualmente, para existir. O capitalismo, por exemplo, nada mais é que um dos mecanismos do
mercado, sua organização sobre uma base monetária.

C) "O capital é o único monarca"³ da humanidade. Um monarca, teoricamente, tem poder sobre todo o seu reino. Logo, está em todos os lugares. Se o capital serve ao mercado, temos aí nossa justificativa para sua onipresença.

ARGUMENTO 3. Estamos plugados à matriz-mercado e somos dependentes dela a tal ponto que toda a nossa vida depende de sua existência e daquilo que ela provê: nosso sustento, nossa satisfação pessoal, etc. Assim também se encontravam os seres-humanos que, na trilogia Matrix, estavam conectados à simulação homônima.
São esses os meus argumentos para minha proposta de troca do termo mercado. É inegavelmente verdade que permitimos que o mercado nos governe, seja nosso monarca, dite as regras de nossa existência. Por quê? Essa é uma questão essencialmente psicológica. Minha resposta para ela é simplória e, talvez, até mesmo insatisfatória, mas arrisco-me, mesmo assim, a responder:
"A exemplo de uma máquina comum (um eletrodoméstico, talvez), precisamos de dois tipos de energia para operarmos. A máquina necessita de força mecânica, elétrica, térmica, etc., e também da nossa, de nossas ordens ou programações. Já nós necessitamos da 'energia biológica' e da programação inerente à nossa própria espécie. Só que, assim como as máquinas (ainda) não podem se auto-programar de modo funcional, também nós não podemos".
Quê?! Esse é o ponto. Simplesmente não conseguimos nos isolar do meio para que possamos escrever nosso próprio Programa_de_Vida.exe. Ao longo do tempo, apenas fomos condicionados a aceitar as diretrizes d'O Sistema como nossas próprias. Nos tornamos prolongamentos de uma realidade virtual (pois todo Sistema é baseado em um conjunto de leis e regras globais não-naturais, criadas para manter a ordem social. Nota: não se questiona aqui a importância dessas regras). O Sistema, imaterial, se manifesta através de nós, nossa mente e corpo. Somos suas mãos - suas únicas mãos.

Em nós, ele se manifesta, primariamente, na necessidade compreensível e necessária de nos organizarmos em grupos sociais. Não, o Sistema não é um erro ou aberração em sua essência. O problema reside em sua manifestação secundária: através daqueles que nele vivem e são alimentados pelas suas diretrizes (muitas vezes, aparentemente apenas por essas). O que deveria ser um modo dinâmico de interação social tornou-se, quem sabe, o vírus-mor da humanidade. Estou falando do mercado.

Das interações sociais foi que surgiu o mercado, que adaptou o Sistema, pré-existente, a si, e não o contrário. Leia-se "a economia engoliu a sociedade". O que você acredita que isso ocasionou? Exato: a desvinculação d'O Sistema de suas bases sociais originais, a sobrepujança (cruzes) do valor econômico sobre o valor social. Bingo! Você acabou de encontrar a origem de todos os males, a soma de todos os medos, a sombra e a escuridão, a queda e todos os outros nomes de filmes que remetem não ao capitalismo, mas, sim, ao capitalogos, à doutrina do capital que se sobrepôs à razão, à lógica social.

Gosto de chamar o mercado de matriz pois, além dos três motivos anteriormente apresentados, como a Matrix do cinema, ele se superpõe à realidade. Vivemos, hoje, em um mundo ideal, fechados na redoma em que o mercado nos prendeu (logicamente, para se expandir às custas de nosso exacerbado consumo). Somos como os prisioneiros da caverna de Platão.

Mas, então, o que é real?

Realidade é isto:

Esses são exemplos de seres-humanos que vivem à margem ou fora do mercado, da nossa matriz. Não porque querem, mas sim pois uma série de fatores conduziu-os a essa realidade. São os desplugados, ou exilados.

Pergunto: aonde você quer estar, jundo dos exilados ou dentro da matriz? Como eu, creio que você não gostaria de se desplugar, não adianta fugir dessa verdade. Para quê? Para passar fome, viver em mínimas condições de sobrevivência? E o pior: sem nenhuma perspectiva de mudança de vida para você e os demais desplugados.

Algo que devemos ter é mente é que os missionários, as ONGs e todos aqueles que, com ideais filantrópicos, saem em auxílio desses exilados, são, na verdade, em sua esmagadora maioria, agentes da matriz. Buscam incluir, mesmo que com bons propósitos, os exilados no mercado. Realmente, ele está em toda a parte.

Onde está o erro na caridade? Não está, pois não existe. Platonicamente, a idéia caridade é perfeita. A versão 3.0 (e posteriores) da matriz-mercado foi que a arruinou.

Ir até onde há miséria e sofrimento praticar caridade é perfeitamente compreensível e necessário. A falha do ato reside em como ele é praticado, em seus, chamemos assim, ideais ocultos. Veja:
QUESTÃO. Por quê (re)incluir os desplugados no mercado?

( ) A) Para que eles melhorem suas condições de vida;
( ) B) Para que se integrem à sociedade global;
( ) C) Para que acompanhem o desenvolvimento do restante do globo;
( ) D) Para que sirvam de mão-de-obra ou corpo-de-consumo a ele.

RESPOSTA: Aos olhos dos filantropos, as alternativas A, B e C estão todas corretas, pois esses são, muitas vezes, o objetivo dos mesmos. Já para aqueles que se permitem enxergar o mercado como uma equação que engloba todas as outras equações (a política, a sociedade, etc.), a alternativa correta (considerando-se apenas os objetivos do mercado) é a de letra D.
Esse ideal de garantir "carne fresca" à nossa Matrix não pode ser tido como pertencente aos capitalistas, industriais, banqueiros ou outras classes sociais abastadas. Essa é uma idéia característica de todos nós, consciente ou subconscientemente.

Cegamente acreditamos no mercado e o vemos como solução única para todo e qualquer tipo de mazela social, afinal de contas, se funciona para nós, há de funcionar para os exilados também! Mas quem disse que funciona para nós? Para mim, algo funcional deve, necessariamente:
  1. Atender a todas as necessidades daquilo que suporta;
  2. Ser acessível a tudo aquilo que suporta;
  3. Uma vez proposto como solução a uma questão qualquer, deve fornecer a solução necessária.
Se esse determinado algo não está de acordo com essas três regras é porquê não funciona e deve ser substituído por uma alternativa eficiente o mais rapidamente possível. O fato é que o mercado simplesmente não atende a essas regras: não abrange a totalidade das sociedades em que está presente para que lhe seja oferecida a possibilidade de sobrevivência e evolução; nem todos os seres-humanos possuem acesso a ele se não seguirem o modus vivendi por ele imposto; não soluciona a questão da troca de bens, muitas vezes sofrendo convulsões provocadas não por alterações em suas leis mais básicas, mas sim por informações e suposições falhas.

Então, que fazer? Obviamente, a meu ver, a matriz-mercado deve ser desligada, todos devemos nos desconectar da influência arrasadora do capital, do marketing, das sociedades de consumo. Viveremos sem um sistema econômico, então? Não. Ninguém deve tirar os méritos da economia, responsável por diversos avanços políticos, sociais, econômicos e ambientais promovidos e sofridos por nossa espécie.

Então, novamente, temos a pergunta: que fazer? Siga o coelho branco da liberdade, expanda sua mente. Saia da matriz. Exato, seja um desplugado, um exilado! Se há alguns parágrafos atrás afirmei que tornar-se um desplugado não colabora em nada para a melhoria da condição dos mesmos e de nós próprios, agora, após discutirmos mais profundamente o mercado, podemos concluir que só o compreendemos quando nos permitimos ver "de fora" aquilo que ele é. Há de concordar que se torna mais fácil subjugar aquilo que conhecemos.

Sair da matriz não significa abandonar sua cidade ou país e passar a levar uma vida errante, mas sim ter consciência dela e, na medida do possível (ou sempre), evitá-la, combatê-la, mesmo que seja de modo silencioso e isolado. E também unir-se aos outros desplugados, formando uma verdadeira Resistência à matriz.

Esse será o início da possível revolução 5.0 do mercado-matriz, em que ele será substituído por um novo tipo de relação econômica, que será guiada não pela preocupação com o capital, mas sim com o social. A moeda servirá à sociedade, não o contrário, e será valorizada conforme a condição de vida, o índice de desenvolvimento, das sociedades também se valorizar.

Chamo essa idéia de Teoria Sócio-econômica do Valor Social, ou NEO (Nova Economia Organizada), para os mais íntimos. Alguns insistem em chamar de socialismo. Não é, pois ela funciona como adendo ao sistema político, não como substituta desse.

Com a finalização da matriz e a adoção dessa nova idéia, haverá uma restauração d'O Sistema a, praticamente, sua forma original. É um processo de teoria complexa, mas de fácil execução. A única dificuldade é convencer as pessoas de que o atual mercado é ruim para a humanidade com um todo. Difícil, mas não impossível, nunca impossível.

Permita-se, hoje, ver até onde vai a toca do coelho. Tome a pílula vermelha.


"O mundo é mais do que parece"
Lema do Blog Vox Populi


VEJA AQUI AS DIFERENTES VERSÕES D'O SISTEMA



¹ Economia - Conjunto de atividades de compra e venda de determinado bem ou serviço, em certa região. [Fonte: Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI]

² "O Sistema", abordado mais uma vez neste artigo, é considerando como sendo a conjuntura política, econômica e social histórica e atual das sociedades humanas.

³ Cf. Thomas Füller (1608-1661), escritor inglês.


Tema: Mercado

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Anônimo - 13:33 |

domingo, 28 de outubro de 2007




O tema


Esta semana iremos falar sobre Mercado.


O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.

Carlos Drummond de Andrade


Só o Dinheiro é o Bem Absoluto


Numa espécie tão carente e constituída de necessidades como a humana, não é de admirar que a riqueza, mais do que qualquer outra coisa, seja tão estimada e com tanta sinceridade, chegando a ser venerada; e mesmo o poder é apenas um meio para chegar a ela. Assim, não é surpreendente que, objectivando a aquisição, todo o resto seja colocado de lado ou atirado para um canto. Por exemplo, a filosofia pelos professores de filosofia.

Os homens são amiúde repreendidos porque os seus desejos são direccionados sobretudo para o dinheiro e eles amam-no acima de tudo. Todavia, é natural, e até mesmo inevitável, amar aquilo que, como um Proteu infatigável, está pronto em qualquer instante para se converter no objecto momentâneo dos nossos desejos e das nossas necessidades múltiplas. De facto, qualquer outro bem só pode satisfazer a um desejo, a uma necessidade: os alimentos são bons apenas para os famintos; o vinho, para os de boa saúde; os medicamentos, para os doentes; uma peliça, para o inverno; as mulheres, para os jovens, etc. Todos eles, por conseguinte, são meramente bons para algo, ou seja, apenas relativamente bons. Só o dinheiro é o bem absoluto, porque ele combate não apenas uma necessidade in concreto, mas a necessidade em geral, in abstracto.

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

uas opiniões diferentes sobre o dinheiro, um dos "mecanismos de sobrevivência" do mercado. Drummond é categórico ao afirma que dinheiro é dinheiro, e riqueza é riqueza: posse não é sinônimo de realização. Já Schopenhauer, que inicialmente parece criticar o amor dos homens para com o dinheiro, defende-o no fim de seu texto. Quem estará com a razão? O que será realmente o mercado e quais os poderes dele sobre nós? Esta semana essas e outras perguntas serão respondidas aqui, no Vox Populi!


Filme da semana


Essa semana nós indicamos a trilogia Matrix (Matrix, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions), com Keanu Reeves, Hugo Weaving, Laurence Fishburne e Carrie-Anne Moss. Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade.


Fonte: AdoroCinema.com.br

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Anônimo - 20:31 |

sexta-feira, 26 de outubro de 2007




Homenagem àqueles cujas lágrimas já secaram

“O homem verdadeiramente bom procura realçar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância, entre ambos.”




A fraternidade talvez seja a manifestação do amor mais puro que temos conhecimento nos dias atuais. Abdicar de nossos próprios interesses com o único intuito de auxiliar o próximo, é uma atitude sublime, porém pouco praticada dentro desta sociedade extremamente individualista a qual fazemos parte.

A foto acima ilustra uma situação conhecida por todos nós: a fome, principal causadora de mortes em algumas regiões do mundo. Todos os dias milhares de pessoas morrem nessa situação. Corpos esqueléticos são enterrados em pequenas covas no meio do nada.

Enquanto isso ocorre, o mundo permanece apático. Somos capazes de gastar milhões de reais, financiando guerras inacabáveis, que apenas causarão mais morte e sofrimento, ao invés de fornecer ajuda humanitária a países como a África, por exemplo.

Precisamos universalizar nossos sentimentos, não importa de onde somos, seja a China , Brasil ou Estados Unidos, todos nós somos seres humanos, todos nós sonhamos, tememos e ansiamos por alguma coisa.

Não fechemos nossos olhos para a injustiça social, não consideremos normal aquilo que acontece todos os dias1. Sejamos humanos.

1 Adaptação de uma frase de Bertolt Brecht


Pensamento/Reflexão

O Amor pelo Outro

Os filósofos e os próprios teólogos distinguem duas espécies de amor, a saber, o amor que chamam de concupiscência, que não passa do desejo ou do sentimento que se tem por aquilo que nos dá prazer, sem que nos interessemos se ele está a receber amor; e o amor de benevolência, que é o sentimento que se tem por aquele que, pelo seu prazer e sua felicidade, nos dá amor. O primeiro faz-nos visar o nosso prazer, e o segundo, o prazer do outro, mas como se fizesse, ou melhor, constituindo o nosso; pois, se não tornasse a cair sobre nós de alguma maneira, não poderíamos por ele nos interessar, porque é impossível, seja o que for que digam, nos desapegarmos do nosso próprio bem.

Wilhelm Leibniz, in 'Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano'

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Juliana - 10:23 |

quarta-feira, 24 de outubro de 2007


Quando falamos em 'fraternidade no meio ambiente', a única coisa que me veio à mente é aquele grupo, ou melhor, aqueles grupos que promovem campanhas para salvar o que nós, humanos, parecemos insistir em destruir. Para quem não se interessa muito sobre o assunto, ou não tem conhecimento sobre, há vários sites que, com apenas um clique por dia, você está ajudando.


Sim! É fácil, bem fácil, e quase ninguém faz. Há sites que só de você entrar nele, pronto! Já ajudou um animalzinho.


Quer um exemplo? PEA. Quer outro? WSPA Brasil. PRAVI. Se quiser ver mais, procure no Google, tem vários deles.


Mesmo aqui no Vox Populi, ali do lado direito, há links desse gênero.


Não há nada de errado colocar 'a mão na massa'. Você não precisa participar de nenhum grupo para ajudar o meio ambiente.

Imagine que você está viajando, passeando, e vê que um trecho da mata está pegando fogo. O que custa pegar o celular, ou parar num posto próximo, e ligar para avisar isso?

Ajudar é tão fácil que ninguém faz. Então, provem-me que estou errada. Prove para si que nós temos jeito.

Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
[...]
Depende de nós
Se este mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobeviverá

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Kah - 22:56 |

terça-feira, 23 de outubro de 2007





Nosso amor de cada dia


Quê, há amor na política? Bem, é provável, mas não é disso que quero falar. Tá certo, mas o "nosso amor de cada dia" ali em cima não deixa dúvidas de que é sobre amor esse artigo. É, é sim sobre amor, mas não aquele tipo de amor de amantes, mas o amor que temos para com o que gostamos. Oras, e não é a mesma coisa? Bem, falando assim até parece que é, mas, se você é daqueles que divide o amor, há de concordar que a espécie de amor que temos por um dever difere (talvez não em intensidade, mas em características) do tipo de amor que temos por um irmão, cônjuge ou filho. Certo, mas de que amor estamos falando, então? Aquele que sentimos quando pensamos n'O Sistema. Êpa! Alerta de ideologia! Não, não é sobre o que alguns chamam de sistema-capitalista-que-oprime-todo-mundo que falo, mas sim sobre a conjuntura da PES (política, economia e sociedade) do globo, que gosto, geralmente, de denominar de "Sistema".

Amamos o Sistema? E como amamos! Ah, sim, agora entendi. Mas e a fraternidade? Bem, ela entra na questão do nosso amor ao modo de vida que nos cerca e no que ele implica para outrem. E o que ele implica? Geralmente, amamos mais o que as instituições de nosso país (e outros países também) têm a nos oferecer do que aquilo que nosso próprio semelhante nos oferece. Explique. Ok, vou dar uns exemplos:

A) Fraternidade significa viver em harmonia com aqueles que nos rodeiam, nossos concidadãos. Fazemos isso ou, seguindo a velha "doutrina" de nossa sociedade, expurgamos de nossas ruas, bairros e cidades aqueles que são julgados menos aptos, quer seja para o trabalho, a moralidade ou a intelectualidade? Leia-se somos demasiadamente preconceituosos em relação à raça, classe social, etc.

B) Fraternidade significa contribuir para o crescimento de nossos irmãos. Não digo dar dinheiro a quem precisa, pois isso não passa de assistencialismo, mas sim fornecer oportunidades para o crescimento daqueles que carecem de ajuda. Dar a vara de pesca, não o peixe¹, parabolicamente falando. Claro que não estou condenando aqui entidades filantrópicas que tratam de certos tipos de carências sociais (doenças, fome, etc.), mas sim aqueles programas, geralmente governamentais, que destinam a dar verba em vez de emprego. Não é melhor remunerar alguém pelo fruto de seu trabalho? Afinal de conta, com isso o cidadão pode crescer no emprego, e estará livre dos vícios que uma vida ociosa e sem perspectiva proporciona.

C) Fraternidade significa se preocupar com a condição do outro. Política, a ciência cuja 3ª definição do dicionário Aurélio para ela é: "Arte de bem governar os povos." É a política, a gerência do Estado (por obrigação constitucional), juntamente com o restante da sociedade (por obrigação moral), que deveria se preocupar com a condição de vida dos cidadãos de uma nação. Isso acontece? De uma forma bastante reduzida regionalizada, sim, mas não é o bastante. É preciso mais, pois aqueles que precisam de nossa ajuda são mais, não o menos que estamos acostumados a enxergar.

E amamos a tudo isso, você diz? Exato. Olha, eu não sei quanto a você, mas eu não gosto de nada do que você disse! Gostar não é amar, mas sim aceitar. E eu digo que não aceito nada disso! Por sua vez, aceitar não é compactuar, mas ser condescendente com algo, "se fazer de cego". E eu faço isso? Involuntariamente (ou não) todos nós fazemos. Quando deixamos de lado os problemas alheios que são mais urgentes que os nossos para atender única e exclusivamente ao nosso ego, estamos aceitando o pouco que o Sistema tem a oferecer aos nossos semelhantes. Quando deixamos que aqueles que precisam fiquem sem ajuda, estamos aceitando cegamente as mazelas que nos cercam. Quando... Já entendi! Você vem com aquele discurso de que "as coisas estão ruins porquê a sociedade é ruim"! Não disse nada disso, Sociedade a gente discute às quintas-feiras. Você está isentando a sociedade de culpa, então?! Também não. O que digo é que, sim, a culpa é nossa, que temos uma condição de vida melhor e não olhamos para aqueles que estão, socialmente, "abaixo" de nós. Mas não culpo, com essa minha fala, a classe "média" ou "alta" [repare nas aspas, elas são importantes]. Veja isso:

CLASSE "ALTA"
|
CLASSE "MÉDIA"
|
CLASSE "BAIXA"

Esse é um esquema que representa as classes sociais como estamos acostumados a entendê-las, compreendeu? Claro, né?! Agora, entenda que, se a classe "alta" deve se preocupar com a "média" e com a "baixa", a "média" deve se preocupar com a "alta" e com a "baixa", que por sua vez deve se preocupar com a "média" e com a "alta". Não seria mais fácil você dizer que "todas se preocupam com todas"? Sim, mas agora eu já falei. O que você deve perceber é que não se trata de "rico tratando de pobre", mas sim de "gente tratando de gente", independentemente da classe. Todos devem se preocupar com todos. Logo, a culpa não é de uma das camadas, mas de todas elas... é isso? Sim, é isso!

Como fazemos, então, para renegar essa herança-presença d'O Sistema, das classes sociais...? Política, meu amigo. Ah, aí é que a gente vai amar a política? Santa Maria! Não! Ei, mas você não explicou essa do amor, logo não há como eu compreender! Tá certo, tá certo... vamos lá. Você ama o que está acostumado a viver, ama o Sistema em que nasceu e foi criado, pois só conhece a ele e a algumas poucas tendências de "transgredi-lo", que não funcionaram lá muito bem (não estou falando do socialismo, mas sim da filantropia, da fraternidade sem interesses escusos). O que devo fazer é deixar de amar meu "amor de cada dia"? É o que sugere? Exatamente. Esse nosso amor de cada dia, essas idéias que se arraigaram em nossa mente acerca dos menos favorecidos monetariamente, daqueles que não compartilham a mesma etnia conosco, ou a mesma crença, são um atraso gigantesco em nossa evolução tanto política quanto econômica e social (olha a PES aí de novo!), e devem ser eliminadas de nosso ideário impiedosamente.

Compreendo... só para finalizar, "O Sistema", então, nem sempre é bom? Na verdade, o Sistema não é bom nunca, bons ou não são aqueles que dele fazem parte, que o controlam, o modificam. Bons ou não são nossos governantes, somos nós, a sociedade. O Sistema não passa, na verdade, de um reflexo daquilo que nos permitimos ser.

O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio.

Jean-Paul Sartre, filósofo francês

Então, faça de si mesmo o que se espera de um homem: que não seja mais do que aquilo que pode ser, mas também não menos que a soma de sua natureza, do peso de suas obrigações para com si próprio e para com os seus.


¹ O artigo de Stephen Kanitz indicado pelo link trata brilhantemente do assunto assistencialismo e filantropia. Para a compreensão do tema é indispensável a leitura do mesmo, além da de demais textos que abranjam o tema.

Tema: Fraternidade

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Anônimo - 20:24 |

domingo, 21 de outubro de 2007




Semana passada



Nessa segunda semana de postagens o número de leitores do Blog aumentou, o que nos deixou bastante animados para continuar o projeto. Mesmo assim, ainda estamos tendo um baixo número de comentários. Faz-se necessária uma grande participação dos leitores, para que os idéias de discussão dos temas por nós propostos seja alcançado.

Continuem acessando o site e comentando os posts e aguardem, pois, em breve, teremos novidades para mostrar!


O tema

Esta semana iremos falar sobre Fraternidade.


Fechando os três temas da Revolução Francesa, essa semana abordaremos a Fraternidade. Cada um tem sua própria idéia sobre ela, mas o que, definitivamente, é Fraternidade? Ou melhor: será que ela possui apenas uma definição?

"Fraternidade significa entender que um grito de dor é igual em todas as línguas, e o mesmo se aplica a um sorriso".

Dadi Janki

Uma das definições do dicionário Aurélio para a palavra é: "União ou convivência como de irmãos; harmonia, paz, concórdia, fraternização." Nós desejamos que cada um dos leitores pense em sua própria definição do termo e veja se, segundo ela, ele vive uma vida fraternal. Se sentir-se à vontade, comente sua conclusão neste post.


Filme da semana


O filme da semana é O Último Rei da Escócia (vencedor do Oscar de Melhor Ator - Forrest Whitaker), com Forrest Whitaker. Não é um filme que fala sobre fraternidade, mas aborda, digamos, o espírito anti-fraternal (leia-se ditatorial) de alguns governantes, como, no caso do filme, Idi Amin. O interessante em assistir ao O Último Rei da Escócia é reparar em como funciona a mente de um ditador. Obviamente que o então presidente de Uganda massacrava boa parte da população do país, mas por trás dessa faceta de ditador sangüinário o filme mostra que há também um homem como uma personalidade infantil e com dúvidas acerca de quase todos aqueles ao seu redor. Parece ser esse o cotidiano de um governante-ditador: a desconfiança, o medo, sobretudo, de ter o poder tirado dele. Não se parece um pouco com nossos dramas pessoas do dia-a-dia? De um modo ou de outro, temos medo que o poder que temos de controlar nossa vida, de fazer nossas próprias decisões, nos seja tirado. Fica aí a dica de um bom filme com excelentes atuações!

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Anônimo - 18:48 |





Aquele que, ao longo de todo o dia é ativo como uma abelha, forte como um touro, trabalha como um cavalo, e que ao fim da tarde se sente cansado como um cão... Deveria consultar um veterinário, é bem provável que seja um grande burro. (Autor Anônimo)


Apesar de toda a minha hostilidade para falar de igualdade econômica (algo que não acredito nem num mundo imaginário de fadas e duendes), existem ótimos exemplos atuais do que isso pode proporcionar. Veja Cuba de Fidel, são todos igualmente pobres... Claro que não! Se o salário médio de um cubano é de 4 mil dólares, como podem ser pobres? Bom, lembrem-se dos Estados Unidos, o país da liberdade e esqueçam Cuba então! Vamos falar de um país que propõe a igualdade econômica para si mesmo, e APENAS para si mesmo. Tem alguma idéia de qual seja? Duas chances para adivinhar. Se você respondeu EUA, parabéns, você está errado! Na verdade, a igualdade econômica é um assunto que só interessa àqueles que a querem para si. Quando se trata de expandir esses direitos para o resto do mundo, não há quem tenha voz. Portanto, se algum dia você chegar a ser um líder político de um país, verá que seu interesse maior é aquele que beneficia o seu país, independentemente de estar fodendo com algum outro.
Ponto final.




Tema:Igualdade

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Diogo - 01:10 |

quinta-feira, 18 de outubro de 2007



Eu tenho um sonho

O desejo de igualdade levado ao extremo acaba no despotismo de uma única pessoa – Montesquieu


Já foi a época em que fui marxista. Eu defendia com ardor a igualdade social e sonhava ser guerrilheira. Com o tempo amadureci. Através da história tive acesso, ao lado obscuro do socialismo e me decepcionei.

Quando adolescente tendia a idéias radicais, o meio termo era difícil de ser delimitado por mim. Por essa razão encontrei uma grande dificuldade em conceber a idéia de uma sociedade onde igualdade e liberdade coexistissem.

Até hoje essa questão ainda me aflige. Será que teremos que acreditar no discurso promovido pelos governantes de que uma sociedade sem injustiça social só é construída com a abolição da liberdade? Acho que não. Prefiro ser otimista e acreditar num futuro melhor. Quanto a isso faça do sonho de Martin Luther King o meu.

O defeito da igualdade é que só a queremos com os nosso superiores.
Henry Becque

Todos somos iguais perante a lei, mas não perante os encarregados de fazê-las cumprir.
S. Jerzy Lec


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Juliana - 18:43 |

quarta-feira, 17 de outubro de 2007



"Igualdade é a inexistência de diferenças entre dois ou mais elementos comparados, sejam objetos, indivíduos, idéias, conceitos ou quaisquer coisas que se comparem." (Wikipédia)


"A terra produz o suficiente para satisfazer as necessidades de todos; porém, não a cobiça de todos." - Mahatma Gandhi


E cá estamos nós, de novo. Acontece muito de, quando estamos caminhando na rua, olharmos um canteiro ao lado. Observamos as flores, a grama verde, e... claro, uma latinha de refrigerante vazia. Surpresos? Aposto que não. Ou mesmo aquela praia, o mar calmo, as gaivotas voando livremente, e a areia bem soltinha... cheia de lixo. Nenhuma pessoa gosta de ver o ambiente em que vive sujo.
Mas também ninguém se digna a jogar seus restos onde deveria; todo mundo pensa que, com exceção dela própria, claro, o certo é jogar lixo no lixo. Contudo, sobretudo e infelizmente, todo mundo pensa assim e ninguém faz nada. Vemos os lixeiros na rua, os garis, limpando e limpando, incansavelmente. Dia após dia, e, logicamente falando, chegaria uma hora que não haveria NADA para ser limpo. Hah, não, não é assim.

Não digo para você, leitor, promover uma Campanha: "Vamos tornar o mundo limpo!". Seria clichê e brega, devo dizer. Só digo, peço, imploro, suplico: Poxa, joga o SEU lixo no lugar de direito. Sabe aquela balinha que você pegou na loja de R$1,99 porque a moça que estava no caixa não tinha trocado? O que custa a você, ao invés de jogar aquele mísero papelzinho na calçada, colocar no bolso até achar uma lixeira ou mesmo chegar em casa? Bom, mas vamos raciocinar juntos: "É UM papelzinho de bala. Que mau pode haver nisso? "Nada demais. Nada. Só que se cada pessoa, de cada rua, de cada bairro, de cada cidade, e por aí vai, jogar um papelzinho de bala... Bom, você pode ter noção de como será. E é suficiente, não quero nem pensar muito sobre. Principalmente se chover.

Voltando ao assunto principal; Não dá para se dizer que há igualdade no meio-ambiente.

Primeiro: não há água doce distribuída de forma igualitária. Segundo: as terras também não são distribuidas assim. Nem o ar puro. Nem as montanhas, o vento, os furacões. Petróleo, minério de ferro, hematita, e aí vai.
Não que vamos reclamar de não ter vulcões aqui, na nossa terra
(nossa terra). Mas há, em todos os lugares, a eterna busca pela vantagem e pelo lucro. Igualdade? Para quê? Não dá lucro.

E o que não dá lucro, hoje, no nosso sistema limitado, estreito, chamado Capistalimo, não existe/não vale a pena/não queremos discutir sobre.
Igualdade? Seria bom. Realmente bom. Mas seria, melhor ainda, se cuidassemos do que há ao nosso redor como se tudo fosse nosso; sim, puro e simples egoísmo. Egoísmo nosso, que recolhe nosso lixo e limpa nossas calçadas. Esse egoísmo que nos faz querer tudo aquilo que é nosso bonito, bom, do melhor. E esse mesmo egoísmo poderia salvar muita coisa.
Diga-me, se TUDO fosse seu... Você jogaria um papel de bala na rua? Jogaria uma latinha de coca no canteiro? E... Mesmo não sendo seu; você, por acaso, gosta quando fazem isso com o que é seu? Então, antes de tomar a atitude, mesmo que seja um panfleto de propaganda... Você gostaria?


A todos que se preocupam,
minhas sinceras desculpas
pela indignação apresentada
nesse texto.
E meus sinceros e profundos
Agradecimentos.

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Kah - 22:42 |

segunda-feira, 15 de outubro de 2007




O famigerado Artigo 5º

"Quem se diz igual aos outros está a ver as diferenças, não as semelhanças."

Você saberia onde exatamente procurar ajuda se lhe pedissem para provar que, juridicamente, você é igual a todos os outros brasileiros? Acredito que não. E isso não é um motivo de vergonha, afinal de contas, estamos tão acostumados ao desnivelamento social, econômico e político que, talvez, nem lembremos mais que, aos olhos da lei, somos todos iguais. Ao menos é isso o que está estipulado na Constituição Federal. A propósito, é ao Artigo 5º dessa Constituição que você pediria ajuda para provar sua igualdade.

Fica, então, a pergunta: nós, o povo, somos iguais aos políticos que nos governam? Muita gente considera uma afirmação desse tipo como uma das piores ofensas existentes. Infelizmente devemos dar razão a quem pensa assim, afinal de contas, os governantes desse país nos tratam como iguais?

"Foro privilegiado", por exemplo, é um termo que aprendi a repudiar, talvez do mesmo modo que a outros, como "acordar cedo na segunda-feira" ou "adoecer nas férias". Originalmente, a prerrogativa desse tipo de foro era sensata aos olhos da democracia, ou ao menos parecia ser, mas o fato é que hoje esse mecanismo do Judiciário contribui para a impunidade. Não digo apenas à falta de punição a políticos, magistrados, etc., que, de alguma forma, descumpriram as leis, mas também à transformação desses em alguma espécie de super-humanos¹.

O homem formou a sociedade, para governá-la criou a política e, para proteger seus escolhidos, certos mecanismos que dão a eles meios de continuarem seus trabalhos sem sofrer interrupção. Tais mecanismos não se resumem apenas ao foro privilegiado, mas abrangem uma grande gama de dispositivos que, geralmente, apenas pessoas ligadas ao poder público dispõem.
Com tudo isso, será que há mesmo alguma igualdade entre governados e governantes? Às vezes, em momentos mais pessimistas, consigo enxergar apenas uma: todos nós somos seres-humanos, invariavelmente.

O já referido Artigo 5º afirma que:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (segue uma lista com 78 itens.)...

Se assim é, por quê nossos políticos e magistrados ainda insistem em dar continuidade a leis que limitam a igualdade humana? E não são apenas eles. Também nós, civis brasileiros, damos apoio surdo à distinção indevida quando não nos mobilizamos para, ao menos, protestar contra ela. Me parece que nos acostumamos a essas leis que não condizem com o que a maioria de nós acredita ser, realmente, igualdade, a ponto de não tomarmos uma posição contrária a elas.

Citei o foro privilegiado neste artigo apenas por ser ele o exemplo mais conciso, na realidade do nosso país, da desigualdade existente entre políticos e demais cidadãos. O que temos de ter em mente quando pensamos na (des)igualdade entre nós e nossos governantes é que ela se faz presente em diversas ocasiões e formas. Não é uma ou outra lei que nos faz desiguais, mas sim toda a conjuntura tanto jurídica quanto econômica e psicológica da sociedade e de nossos políticos. Temos, no Brasil, o péssimo hábito de pensar na política como solução, e, quando a politicagem não funciona, acreditar que ela não “cumpriu seu papel”. Isso é um erro.

A política é, na verdade, apenas um dos meios de se reger uma sociedade. Seu objetivo é promover a paz e a prosperidade entre os cidadãos de uma nação, conciliando a vontade dos mesmos para o bem de todos. A divisão bicameral, o parlamentarismo ou a monarquia são apenas modos de se fazer isso. A anarquia, por exemplo, prega uma sociedade sem governo. Isso funcionaria? Teoricamente sim, mas só na prática poderíamos tirar conclusões definitivas.

O que quero dizer é que a igualdade entre governantes e governados deve ser plena, pois, na verdade, os dois grupos são um só, já que o primeiro não existe sem o segundo. Assim sendo, como afirmei em meu último artigo (Que é liberdade para a política?), o compromisso maior dos políticos deve ser para com seu povo antes de para consigo mesmo. E a igualdade, para ambos, deve ser... igual.

***

Tanto o website da Câmara dos Deputados quanto o do Senado Federal possuem os e-mails de todos os deputados e senadores. Caso queira, entre em contato com o deputado e/ou senador de seu estado ou de outra unidade federativa à sua escolha para se informar ou fazer valer sua opinião acerca da igualdade política. Alguns deles realmente respondem.


[1] "Mostro-vos o super-homem. O homem é algo que deve ser sobrepujado. Que tendes feito para sobrepujá-lo? Todos os seres até hoje criaram alguma coisa superior a si mesmos; e vós quereis ser o refluxo deste grande fluxo e até mesmo retroceder às bestas, em vez de superar o homem?" - Friedrich Nietzsche, "Prólogo de Zarathustra"; Assim falou Zarathustra (1883)

Tema: Liberdade

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Anônimo - 13:07 |

domingo, 14 de outubro de 2007





Semana passada


Na última semana nosso tema foi "Liberdade". Para a primeira semana de um blog, as discussões correram razoavelmente, com 9 comentários no total. Precisamos melhorar essa média nessa segunda semana, a fim de chegarmos a um consenso acerca dos assuntos abordados nos posts, e isso depende da disponibilidade de vocês, leitores.

Há muita gente lendo e não comentando. Por mais que isso seja "pedismo", não custa absolutamente nada comentar nos textos ou iniciar um debate! Aproveitando essa mensagem, agradecemos a todos que nos visitaram e se interessaram pelo site.


O tema

Esta semana iremos falar sobre Igualdade.


Você já deve ter percebido que nossos temas iniciais são os mesmos do lema da Revolução Francesa, não é? Por mais previsível que seja essa escolha, os ideais da Revolução ainda se fazem necessários na sociedade atual, daí nosso interesse em abordá-los.

Como alcançar "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" no século XXI? Ou melhor: por quê ainda não alcançamos esses três objetivos? Será que, enquanto homens, nos falta algo? Ou estamos todos seguindo um caminho errado de realização pessoal e social?

Essa semana o Vox Populi quer responder a essas e a outras questões, elucidando os problemas sociais não só brasileiros como também de demais partes do globo.


Filme da semana


Essa semana o filme é Philadelphia (Filadélfia, no Brasil), com Tom Hanks (O Resgate do Soldado Ryan, Náufrago) e Denzel Washington (Dia de Treinamento). Ganhador de dois Oscar (Melhor Ator - Tom Hanks e Melhor Canção - "Streets of Philadelphia", de Bruce Springsteen), o filme conta a história de um advogado homossexual e soropositivo que, ao ser demitido sob circustâncias suspeitas, abre um processo contra o escritório de advocacia onde trabalhava. O legal desse filme é que, como Angels in America, aborda a disseminação da AIDS nos anos 80 e início de 1990. Andrew Beckett, o personagem de Tom Hanks, junto com seu advogado, Joe Miller (Washington) lutam contra uma sociedade preconceituosa e despreparada para as mudanças tanto no convívio quanto na saúde pública que ocorriam na época. Esse filme se relaciona ao tema dessa semana na questão da extensão da igualdade às pessoas que optam por um estilo de vida diferente daquele que é mais corriqueiro entre outros membros da sociedade, como o homossexualismo. Será que os problemas e o preconceito que gays enfrentavam na década de 80 foram extintos? Ou o falso moralismo ainda reina entre a sociedade brasileira e do restante do mundo? Esse é um filme que ajuda a responder a essas perguntas. Vale a pena assistir!

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Anônimo - 11:55 |

sábado, 13 de outubro de 2007




Liberté Économique



“Those are my principles. If you don't like them I have others.” - Groucho Marx.

Se por acaso você não entendeu o que a frase acima quer dizer, definitivamente você não presta para o mercado. Preste muita atenção: existe liberdade para aquele que tem capacidade.

Capacidade é uma habilidade de prender, receber ou absorver, ou uma medida disso, similar ao conceito do volume. (Wikipédia)

Prender, receber, absorver, incorporar esse conceito à economia. Prender a atenção dos outros em si, atrair capital, receber homenagens como empresário do ano, absorver mercadorias, tudo isso em alto volume, crescer! Tornar o sonho realidade.

“O poder é a capacidade de acessar o que é possível.”- Robert Fripp

Por que liberdade econômica? Estamos tão bem assim, trocando nossos produtos e plantando nossa própria comida. Não! Queremos mais dinheiro! Queremos vender água engarrafada para o Tajaquistão.

Liberdade, ó liberdade! Não precisávamos de tanta... Olhai e vede como o capitalismo é bom. Quem é rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre e o motivo todo mundo já conhece: “Laissez faire, laissez aller, laissez passer.” – Legendre

Liberté Économique, talvez haja liberdade demais, aqueles que dominam a máquina produtiva ou especulativa, têm liberdade demais para ampliar seus horizontes, usar o sistema para beneficiar um seleto grupo de investidores. Está de acordo com a lei. Ainda tenho lá minhas dúvidas se estaríamos pior sem essa maldita. A balança tem que pender para um dos lados, o equilíbrio é impossível nesta dimensão.

Ainda que você não entenda nada sobre economia, analise os gráficos e tire suas próprias conclusões.

Tema: Liberdade

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Diogo - 22:28 |

quinta-feira, 11 de outubro de 2007




O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está acorrentado.
(Jean-Jacques Rousseau)




Todas as vezes que um ser humano tentou gozar de uma liberdade absoluta, escândalos vieram à tona. Exemplos disso foram os regimes autoritários que temos conhecimento pela história, em que homens, com pretensões divinas, oprimiram milhares de pessoas com o intuito de satisfazer seus desejos mais obscuros.

Dentro de uma sociedade é impossível desfrutar de uma liberdade irrestrita sem a violação do direito de alguém.

O respeito, um dos principais pilares de um bom relacionamento, impede que várias atitudes sejam tomadas com o objetivo de se garantir uma melhor convivência.

Analisando esses fatos, chego à conclusão que a solidão seria a única forma de se desfrutar a plena liberdade. Apenas um eremita no deserto seria capaz de ter total livre-arbítrio sem com isso causar o mal de outrem.

A liberdade é algo maravilhoso, mas não quando o preço que se paga por ela tem de ser a solidão. (Bertrand Russel)

Eu discordo com o que você diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-lo. (Voltaire )

O destino dos homens é a liberdade. (Vinícius de Morais)

A liberdade é irmã da solidão. (Léa Waider)

Cada um tem a sua opinião de liberdade porém nenhuma pessoa tem noção do que ela é. (Eduardo Lemos)

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Juliana - 20:36 |

quarta-feira, 10 de outubro de 2007




O que é liberdade no meio-ambiente?

"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
Cecília Meireles

Ultimamente, estamos falando de muitos assuntos e muitas frases clichês do tipo "ÊBA! Vamos salvar o mundo! Vamos melhorar nosso planeta!", fazendo panfletos, faixas... E uma, ca-ham, boa divulgação do assunto. Só esquecemos que panfletos são feitos de papéis, e papéis foram, algum dia, árvores.

Há muita propaganda sobre o aquecimento global, o derretimento de geleiras, sobre animais em extinção, e sabe o que fazemos? Aposto que pensou: "Ora, existem ONGs, grupos, etc., para cuidar disso. Vamos ajudá-los, certo?". Errado! Estou falando que NÓS (no plural, leu bem?) podemos fazer mais do que isso.

Sabe aquelas bondosas velhinhas que colocam água com açúcar, ou com groselha, para os beija-flores? Elas fazem mais que muitas pessoas. Sabe aquelas pessoas que jogam o farelo de pão na grama para os passarinhos? É, também falo disso.

Será que nas vinte e quatro horas que temos por dia não podemos tirar dois minutos para dar um pouco de farelo aos pássaros ou para regar uma planta? E no nosso fim de semana? Será que, ao invés de ficarmos reclamando da política, do clima, do vizinho barulhento, não podemos plantar uma muda de planta? Não tomaria mais do que dez minutos, e nossos filhos e netos agradeceriam.

Liberdade no meio-ambiente? É a mesma liberdade que você tem para se cortar. Você pode até fazê-lo, mas deve saber que, depois, haverá danos, talvez irreparáveis. É aquele tipo de liberdade que nos faz agir mesmo sabendo que as conseqüências não serão boas. Não serão NADA boas.

Todos temos liberdade, inclusive aquele seu cachorrinho que está esquecido no quintal, ou aquele peixinho que você tem no cômodo da sala, que sempre esquece de alimentar. E a liberdade deles é tão restrita quanto a nossa, só que com uma diferença: eles não escolhem colocar-se atrás das grades, como nós fazemos.

"Algum dia após termos dominado os ventos, as ondas dos mares e a gravidade, nós clamaremos a Deus para que nos permita controlar as energias do Amor. E, então, pela segunda vez na história do mundo, o homem terá descoberto 'o fogo.'"

Autor desconhecido
Tema: Liberdade

por Karina Abreu

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Anônimo - 17:57 |

segunda-feira, 8 de outubro de 2007



Que é liberdade para a política?

"Praticamente não existe palavra nos dias de hoje que se tenha usado tão mal como a palavra 'livre'... Não confio nela porque ninguém quer a liberdade para todos; todos a querem para si."

Otto von Bismarck

Na quinta-feira passada o STF (Supremo Tribunal Federal) votou a fidelidade partidária, decidindo que o mandato pertence ao partido, e não ao candidato. Segundo alguns analistas políticos isso impedirá o troca-troca de partidos nas eleições de 2008 e subseqüentes. Evidente que sim, mas aí fica para nós a pergunta (que serve de gancho para o assunto deste artigo): a quais tipos de limitações os políticos devem estar sujeitos? É justo, humanamente [extra-judicialmente] falando, limitar a atuação de um homem em favor de um coletivo (no caso, os partidos políticos)?

No Brasil, temos o péssimo hábito de, ao pensarmos em política, apenas imaginarmos o mau-uso do dinheiro e da máquina pública. Conseqüentemente, quando tentamos responder à pergunta principal do parágrafo acima, talvez nos venha à cabeça uma única resposta: os políticos devem ser sujeitados a todas as limitações possíveis, a fim de conter o seu, digamos, insaciável apetite por verbas. Isso infere que liberdade, em política, deve ser restrita e muitíssimo bem avaliada, ou melhor: não deve ser concedida plenamente, apenas às pequenas parcelas! Será mesmo?

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU afirma vêementemente que:
Artigo 3º. Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Logo, é, no mínimo, "indeclaracional" limitar a liberdade de ir-e-vir ou trocar-e-trocar de um político devido à afirmação de que o que importa é o interesse da agremiação da qual ele participa, não do próprio indivíduo. É verdade. Mas será que, nesse caso, devemos respeitar essa Declaração? Porquê, se pararmos para pensar, a troca partidária virou bagunça, e é movida apenas por interesses eleitorais (o candidato X se muda para o partido ABC apenas para fazer valer sua opinião na Casa da qual faz parte ou para ter mais chances de vitória nas próximas eleições).

Acredito que a liberdade, em política, não deva ser entendida do mesmo modo que em outros meios (como na sociedade, por exemplo). Afinal de contas, partimos do pressuposto que o político deve se preocupar mais com o povo que consigo mesmo. Logo, se, para a nação, é mais ganho que o mandato desse político pertença a seu partido, e não a ele mesmo, essa é a lei que deve vigorar. O fato é que muitas vezes nos esquecemos dessa obrigação primordial para com a sociedade de nossos estadistas.

Evidentemente que não podemos suprimir as liberdades individuais desses homens e mulheres pelo bem da coletividade, mas temos o direito de, enquanto povo que os elege (como também a seus partidos), os obrigar a manterem-se fiéis não só a nós, como também à agremiação na qual votamos. Isso não vai contra a liberdade inerente aos políticos enquanto seres-humanos, já que se, de acordo com Sartre, os homens estão "condenados à liberdade", também os políticos podem optar por seguir ou não as normas impostas por seus eleitores, prestando contas ao judiciário e ao restante do país, obviamente.

Isso é liberdade aos olhos da política em que acredito: "
(...) é o direito de fazer tudo o que as leis consentem" - Montesquieu in O Espírito das Leis.

Tema: Liberdade

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Anônimo - 14:01 |

domingo, 7 de outubro de 2007




O tema

Esta semana iremos falar sobre Liberdade.


Que é liberdade?, perguntou o jovem ao padre. E o padre perguntou a si mesmo: liberdade, o que é? Se devo falar sobre Deus, digo que liberdade é o vício do homem, o que nos é mais promíscuo, pois é por causa dela que pecamos!, mas que ainda assim nos é permitida. Mas se devo dizer da prática, que é liberdade senão a plena soltura do ser? A vida completa e sem limites, ou melhor, limitada pela própria liberdade, pois o homem verdadeiramente livre "encontra a lei na sua própria liberdade".

Mas como respondo eu a uma pergunta que, se ora vai pela minha fé, vai também contra o que acredito? Não sou eu, pois, livre para responder a isso - os votos me prendem! Meus compromissos com a sociedade, com a Igreja, não me permitem dar outra definição para liberdade que não seja "o livre-arbítrio de Deus". Mas quero pensar nela, secretamente, que seja, como o valor perfeito. Quero pensar que ela se limita a si mesma, e não precisa da intervenção constante de Deus (creio que foi esse o propósito Dele ao criá-la: pôs nesse valor universal dos homens uma chama de Si mesmo, um pouco do absoluto e do eterno).

E então disse o padre ao jovem, respondendo à sua pergunta: “Que seja a liberdade, para ti, aquilo que fazes contigo mesmo, o modo como modera a ti mesmo”.

“E aos outros, o que devo?”, retrucou o jovem.

Respondeu o padre: “Se fizeres algo a alguém, deverás prestar conta à tua liberdade antes mesmo de fazê-lo a outrem; não há juiz, como também não há carrasco, pior que o ser, que nós próprios, pois, quando entenderes a liberdade do outro como igual à tua própria, saberás como é terrível, para ele, tê-la ferida ou limitada, pois o é para ti. Aí então respeitarás os homens, pois os verá como uma extensão de si próprio”.

[Trecho extraído do conto "O Padre"]


DOWNLOAD

* * *

O que é realmente a liberdade social? Até onde deve haver liberdade econômica? Qual a lógica e necessidade da liberdade política? Temos mesmo o direito de intervir livremente no meio-ambiente?

Durante a semana abordaremos todos esses questionamentos e procuraremos respondê-los abrindo espaço para amplas discussões. O esquema de postagem, que pode ser conferido resumidamente na seção "
As Vozes", é o seguinte:

MATÉRIA

DIA

EDITORIAL

DOM.

POLÍTICA

SEG.

M-AMBIENTE

QUA.

SOCIEDADE

QUI.

ECONOMIA

SÁB.

CONCLUSÃO

DOM.



Filme da semana

O filme dessa semana é Hotel Ruanda, do diretor Terry George, que aborda o conflito político-militar ocorrido em Ruanda em 1994, o qual levou à morte quase um milhão de pessoas. É interessante, quando estamos assistindo ao filme, perceber que nem a ONU, nem os governos de outros países se mobilizaram significativamente a fim de solucionar os conflitos em Ruanda, mais ou menos o que ocorreu no Sudão recentemente, guardando as proporções. Além disso, em ambos casos, a mídia não se mobilizou para cobrir os ocorridos e movimentar a opinião pública e política para a necessidade de intervenção organizada nos países em conflito, mobilização que geralmente é feita com outros assuntos, tantos nacionais quanto internacionais (e.g. denúncias contra o senador Renan Calheiros, no Brasil, e o aparente seqüestro da menina Madeleine, em Portugal). Isso nos faz pensar: por quê tantos "fechares de olhos" para Ruanda e para o Sudão? Isso para citar exemplo de dois países que nos vêm à cabeça, pois há outros por aí, espalhados pelo planeta, cuja população, neste exato momento, precisa do auxílio de seus pares. Deixamos Hotel Ruanda para que leitor pense: é dever nosso avisar ou, mais uma vez, apenas consentir silenciosamente com os massacres?

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Anônimo - 18:07 |

São quatro os autores deste blog. Nesta seção você pode conhe- cê-los e contatá-los. Aqui você encontra um rápido perfil de cada um, além de uma frase que caracteriza o autor, escolhida por ele.


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